terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pó de Guaraná

Vicio, aposta, sorte, azar
Sei que é uma tentação, quase sempre ficou louca.
mas não entro no seu jogo, nem se for pra ganhar

Tempo,hora,noite,luar
Eu não perco o meu tempo enquanto vem com seu
fermento
Já gastei o meu talento fiz meu bolo de fubá

Pau-mandado,amarrado,algemado e sem ar
Nada me amarra pode vir com seu cipó
É tanta raiva de você que desato qualquer nó

Diamante,prata,ouro
Não existe oferenda nem tão pouco o que comprar
Isso aqui não tá à venda nao queira negociar

Dialeto,sons externos,sílabas,palavras
Cê não fala minha língua nem tão pouco me entende
O tempo todo só implica diz o que você pretende

Ah que vida boa, vou me dopar tomando pó de guaraná
Eu quero ver você causar não venha agora amarelar

Vinho velho tudo meu
Quem de vinho é amigo logo cedo está perdido
Eu não gosto de museu nem daquilo que é seu

Sem sal, sem graça, sem tempero
Ô sguinin ô sguiná eu sou um nego esganado
Se quiser me dar comida, dá um prato calculado, pô

De janeiro à janeiro eu festejo todo mês
Janeiro é o fim, fevereiro é só chuva
Em agosto eu quero a pêra mas encontro só a uva.


Um comentário:

  1. Jack,
    Interessante fusão de versos curtos, palavras soltas e versos longos... Gostei da irreverência.
    Parabéns!

    Beijos

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