terça-feira, 29 de maio de 2012

depressão pré dia dos namorados...

Queria falar sobre um assunto muito sério: Depressão pré dia dos namorados. Nesse momento tão trágico do ano as pessoas resolvem te ignorar, não te procurar, os pedreiros economizam as cantadas. Você vai à padaria arrumada como se fosse pra uma festa e o padeiro nem te olha. Nessa fase de extrema psicose, nada nunca é o suficiente e parece que, de alguma forma irritante, todos os seus ex rolos e afins estão insuportavelmente felizes. Os casais se amam e esfregam isso na sua cara em todas as redes sociais. Você ouve músicas que agravam seu estado, injeta chocolate na veia, desenterra pessoas desnecessárias que, infelizmente, não vão se enterrar sozinhas ou com facilidade depois disso tudo. Toda e qualquer ação resulta num maldito e enorme arrependimento pós-depressão ou até durante, dependendo do que você fez. O nível de impulsividade tende a subir conforme a aproximação do dia 12 e, enquanto você fica repetindo pra si mesma que não é assim, o mundo conspira contra você, pessoas se juntam pra te fazer acabar na cama, engordando e vendo filmes com casais perfeitos, vidas perfeitas e você perfeitamente na merda. Como não tem advertências do ministério da saúde, vou ressaltar as mais importantes: Chocolate, comédia romântica, acesso à internet, celular com crédito e músicas deprê em excesso e juntos nesse período, podem causar danos extremamente difíceis de serem revertidos. No caso de não resistir, procure uma amiga, duas, todas. Você não tá sozinha nessa, dia 13 vai chegar e devolver toda a nossa dignidade. Lembre-se: Não tá fácil pra ninguém. 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

sou única, não esquece.

Te vejo todos os dias, com a mesma cara, mesmas conversinhas, o mesmo você de sempre. E você insiste em dizer que gosta de mim, que sou única, mas que o que você quer mesmo é ser solteiro, ter todas as outras, tão iguais. Como se me devesseuma explicação, satisfação. Tudo bem, divirta-se. Que você faça ótimo proveito das meninas sem sal, das cínicas, das biscates, das certinhas, de todas que puder, todas que quiser. Que seu copo de vodka esteja sempre cheio e que, na medida do possível, você consiga se sentir preenchido também por todas essas suas escolhas vazias, essa tua vida cheia de momentos, mas sem nada que permaneça no dia seguinte, mês seguinte. Não precisa me falar, como quem se desculpa, com vontade de me congelar enquanto você vive. Guarda tuas desculpas pra você mesmo no fim de toda essa sua diversão barata que você chama de vida. Eu sou única, nisso você tá certo. Mas também sou a única que você não vai poder ter mais, pra ser o que te resta depois de tudo, porque quando eu quis ficar pro dia seguinte, tive que ir embora. Não ando pra trás, não sou cama pra ressaca, não sou colo pra cansaço de falsa liberdade. Ou me escolhe, ou me perde. Não fico acampando, esperando o dia seguinte do fim da tua escolha triste. Sou única, não esquece.