quinta-feira, 16 de junho de 2011
Solidão do ponto de vista de Chico Buarque;
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...Isto é carência. Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade. Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar pensamentos...Isto é equilíbrio. Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...Isto é um princípio da natureza. Solidão não é o vazio de gente do nosso lado...Isto é circunstância. Solidão é muito mais do que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa Alma
INÍCIO!
Vontade de acabar com tudo, de desistir das coisas que eu faço. Do que eu faço mesmo, porque de mim parece que eu desisti já tem um tempo, um bom tempo. No tempo que eu me frustrei com um amor não correspondido, onde depositei todas as minhas esperanças de ser feliz em um relacionamento, que eu nunca tive. Ai veio a decepção, a decepção trazida pela expectativa criada, pelos sonhos acumulados. Desisti do meu coração nesse momento.
E depois, bom depois veio o vestibular, a oportunidade de entrar em uma universidade, de conhecer novas pessoas, outro mundo, idealizações, depósito de felicidade em outra coisa nesse momento. Depositei mina felicidade e plenitude no momento no qual eu passasse no vestibular.. eu seria feliz, realizada e completa. Não passei de primeira. Frustração, muita frustração, descontar tudo na comida, porque era nela que eu encontrava alguma forma de prazer, eu me sentia feliz em comer, comer. Comer me fazia esquecer que eu não tinha passado no vestibular. Quando não passei no vestibular, Eu desisti novamente. Desisti da minha Inteligência, ela não parecia ser suficiente.
E eu comia, comia loucamente, o suor, a dor , que eu tinha tanto lutado pra conseguir o meu corpo (que não ficou tão magro como eu queria, mas era bom, eu era boa e aquilo bastava), estava indo por água a baixo. Eu comia e com minha a comida ia embora a felicidade e as pessoas que conquistei com meu corpo, ia embora tudo aquilo que eu havia conquistado com meses a fio na academia, me matando. Ia embora as caixas e caixas de topiramato, fluoxetina e sibutramina, eu me drogava todos os dias, três vezes por dia, para não sentir fome, eu não sentia eu não comia, eu emagrecia e isso era excitante. Eu estava fora de mim o tempo inteiro.
O psiquiatra que me fornecia as drogas me abandonou, como eu fiquei? Desolada, eu não tinha mais minhas drogas, eu não tinha mais o meu médico eu ia voltar pro inferno de vida de gorda que eu tinha, e isso me atormentava, e quando eu fico atormentada EU COMO. Ai mais uma vez eu comia, mesmo não querendo voltar com a vida de gorda, a vida de sem ninguém, a vida de piadinhas, a vida do bullying que me fez entrar numa depressão aos 11 anos e não conseguir sair dela até hoje. Eu tinha dado a volta por cima e estava caindo. Eu tinha vontade de gritar aos quatro cantos EU CONSEGUI, tomem nos seus cus. E o problema foi esse eu tinha mudado pros outros não pra mim, caí.
E ai depois eu passei no vestibular, eu tinha ficado na suplência, mas suplência não garante vaga de ninguém não é mesmo, e eu tinha ficado tão pra trás que eu não queria mais esperar nada. Fiz minha mãe pagar o cursinho pra mim, eu precisava passar não é mesmo? Passei, e tudo aquilo que eu sonhava que ia ser a universidade e tal ficou pra trás. Eu já tinha me decepcionado com isso, eu não tinha mais nenhuma idealização quanto entrar na universidade, não me interessava mais essa conquista. Eu não queria mais agora o que eu queria antes. Eu já tinha sofrido muito com as minhas decepções, com os abandonos alheios, com meu coração masoquista. Eu tinha desejo de mudança mais eu não tinha forças. Tinha mil e um planos na cabeça e não sabia por onde começar e nem começava.
Fui empurrando os planos, fazendo com que eles parecessem prática. Mas não consegui. Quanta falta de determinação, de foco, de objetivo. Deixei as coisas escaparem das minhas mãos eu já não tinha mais o controle da minha vida, eu vivia ela, mas não coordenava. Eu estava fazendo as coisas todas erradas, da forma errada, com as pessoas erradas. E isso é doloroso, agora isso é doloroso. Aquela vida que eu pensava que nunca mais ia ter, voltou, a vida de gorda. Aquela Jaqueline determinada, segura de si, confiante, talvez feliz, inteligente, apaixonada..essa figura se desfez no ar. Deu lugar a uma Jaqueline insegura, regressa, sem atitudes, sem tolerância, influenciável, triste e menos feliz. Em uma disputa de Antes x Hoje o que eu quero é voltar ao antes. Não. Eu não Quero. Preciso começar de novo...Chico Xavier dizia “EMBORA NINGUÉM POSSA VOLTAR A TRÁS E FAZER UM NOVO COMEÇO, QUALQUER UM PODE RECOMEÇAR E FAZER UM NOVO FIM” . Reassumir o controle diante da minha vida. Recuperar as desistências. Recuperar meu coração, minha inteligência, recuperar a Jaqueline. Que hoje não está satisfeita com as coisas que acontecem, e por isso come. Ela comerá pra viver e não viverá pra comer. Eu quero um novo começo pra minha história. Sem recuperações, porque pra isso eu necessito estudar o passado.
Iniciar com um coração, com uma inteligência e comigo. Rumo ao futuro, que eu já idealizo.
Iniciar com um coração, com uma inteligência e comigo. Rumo ao futuro, que eu já idealizo.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
cansei de ser boba..
De uns tempos pra cá, muita coisa mudou. Deletei um monte de gente da minha vida. Tudo sem um pingo de remorso. Quem me conhece, sabe que eu nunca fui assim. Sempre dei segundas, terceiras e décimas chances pra todo mundo. Sempre compreendi os erros alheios. Chorei e sofri junto. E passei a mão na cabeça de quem fingia querer o meu bem. Sou quase a mesma de sempre, mas sinto que não sou mais boazinha. Minha tolerância acabou, minha intuição fareja à distância uma cabecinha ruim. Chega uma hora na vida que a gente tem que parar de ser boa com os outros e ser boa – primeiramente - com a gente. Agora eu sou prática. Vacilou? A porta está aberta, meu bem. Sem dó nem piedade.
Fernanda Mello
Fernanda Mello
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Não vou permitir silêncios porque é ai que meu fundo transborda e a tristeza pode me tomar sem saída, é NÃO NÃO e NÃO mais uma vez.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
então..
"Que o tempo nos permita alguns reencontros sem culpas porque é bom sentir sempre mais uma vez. Porque mesmo a gente voltando para outros abraços só o nosso valerá a pena"
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