que sou deprê, tensa,
e trago uma dor
constante, no peito.
ninguém desconfia
que eu sofro de insônia,
que sou muito louca
de excesso de sonho.
ninguém acredita
que eu guardo uma surda
tristeza, lá dentro.
tão forte, tão funda.
porque eu levo um riso
debochando sempre
do que me tortura
e bem escondidas
de mim e do mundo
as marcas das feridas
e das fraturas.
